"Primeiro. Transferir o combate ao analfabetismo do Ministério da Educação para o Ministério da Cultura. Entre todas as políticas sociais, o combate ao analfabetismo talvez tenha sido aquela em que os governos brasileiros mais fracassaram. Não é possível admitir que, na segunda década do século XXI, o Brasil continue com 14 milhões de pessoas adultas sem condições de ler, escrever ou interpretar um texto, o que equivale a 8,7% da população com mais de 15 anos. Exceto o Paraguai, este é o maior índice de analfabetismo na América do Sul. O analfabetismo tem que ser encarado como fato cultural e sua redução expressiva só vai acontecer se for através da Cultura, retomando os princípios norteadores da Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire, desenvolvido exatamente a partir da Cultura, com o Movimento de Cultura Popular (MCP) e os Círculos de Cultura (uma das Inspirações para os Pontos de Cultura). Para além de beneficiar milhões de pessoas com a alfabetização, uma ampla política pública em torno desta questão, trará benefícios para toda a sociedade ao colocar a Educação e a Cultura como os principais valores de nosso país, a serem defendidos em um grande movimento social. Esta é a questão. Se tratarmos o combate ao analfabetismo a partir da Cultura será possível reduzir o índice de 8,7% para 2% em 4 anos de governo (talvez menos tempo) e com o mesmo aporte orçamentário. Para os próximos quatro anos esta deveria ser a meta mais nobre: transformar o Brasil em território livre do analfabetismo." - aqui