13 setembro 2014

"Bataille não exalta a beleza do texto (na verdade, ele combate abertamente o poético e o literário), porque o texto que ele busca (um texto considerado por muitos literariamente pobre) não é fim, mas alusão possível a outro texto tão radical quanto impossível de ser escrito. A literatura paradoxal que ele exerce, uma literatura que se faz sinônimo de erotismo (mas de um erotismo que se confunde com o místico e com a morte), é meio e não fim; ela é instrumento de uma modificação da consciência e, portanto, também uma (outra) maneira de pensar (Bataille recorria à ficção quando o texto ensaístico atingia seu limite)."

Bernardo Carvalho 

fonte: aqui