26 julho 2014

"Pensando em voz alta a partir do "Bachofen", de Furio Jesi: talvez haja duas economias da diferença, do estranho, ou melhor, duas tendências que toda economia do estranho mescla de algum modo. Por um lado, uma em que o tempo é o valor fundamental; por outro, uma em que o espaço (o lugar) ocupa essa posição. A economia do estrangeiro regida pelo tempo tende a ser universalista, a internalizar toda diferença como própria, como diferença temporal de um mesmo sítio. Nela, o estranho se internaliza a tal ponto que se torna monetarizável: a herança, os nichos de mercado, etc. Ao contrário, a economia do estranho baseada no lugar não internaliza a diferença, mas faz o externo cindir a própria idéia de interno, a própria idéia de próprio. A reação da paisagem contra o tempo"

Alexandre Nodari - Facebook