12 dezembro 2016

MENINA,
Pare: de se perguntar sobre o sentido da vida. E então o sentido dela te encontrará.
Chega: de pensar sobre os motivos que levam as pessoas a te amar.
Aceite: simplesmente você é amável.
Saiba: essa história de desconfiar daquilo que você já sabia desde o começo e mesmo assim se atirar em precipícios disfarçados de entrelinhas, só pra depois você poder dizer pra você mesma “viu só como nada dá certo pra mim” - já deu. Ok?
Confie: a sua intuição funciona.
Acredite: o mundo está repleto de gente que te quer bem.
Conforme-se: você é uma pessoa incrível, mas não tão incrível assim, está cheia de defeitos.
Respeite: ainda que você ame os seus defeitos, nem todos irão amá-los. E tá tudo bem.
Pare: de exigir perfeições das pessoas ao seu redor.
Lembre-se: os vivos estão cheios de limitações. Só os mortos é que são suscetíveis a promessas de amores eternos que jamais se quebram.
Menina: seja você mesma, porém, não tanto. Guarde um pouco dos seus exageros para si.
Evite: se arrebentar na tentativa de evitar viver. Se for pra se arrebentar, que seja de viver.
Larga: desse preconceito com os meios-termos. Às vezes o oito é pouco e o oitenta é demais.
Creia: nem todo mundo gosta e nem vai gostar de você – e ainda assim você não se desintegrará. Há certas inimizades que são verdadeiros elogios à existência.
E, por fim, menina, lembre-se: se conselho fosse bom, a gente comia.

Ana Suy