"O pior dessa eleição será a enorme quantidade de votos "com culpa". O sujeito votará, seja lá em quem for, desconfiando que está fazendo uma burrada. Ou pior: sabendo que está fazendo uma burrada - mas as opções lhe parecem ainda piores, quando não inaceitáveis. (Estou me referindo, claro, ao eleitor com alguma sanidade mental e algum caráter. Os outros votarão com imensa alegria, cheios de esperança, seguros de estarem cumprindo seu dever cívico, confiantes de que ninguém segura este país, convencidos de que democracia é isto aí: apertar alguns botões de quatro em quatro, ou dois em dois, anos.)"
