24 junho 2014


"No capitalismo contemporâneo, o saber – uma fonte central e meio de produção – não é apenas uma mercadoria, é a mercadoria central na acumulação capitalista. De fato, não há nenhuma neutralidade ou naturalidade no saber: é sempre uma questão de produção e, no interior das relações sociais capitalistas é, também, uma fonte de exploração.


Quando falamos de saber vivo, estamos tentando identificar a nova composição do trabalho vivo e a socialização da produção do saber. Este é um processo ambivalente: o saber é o quê é produzido em comum pelo trabalho vivo e é, também, aquilo que o capital explora; é a possibilidade de autonomia da cooperação social e aquilo que o capital captura e valoriza. Neste processo ambivalente, o saber se torna um terreno de luta central: o comum não existe na natureza, mas precisa ser produzido."