07 dezembro 2016

"hoje conversei duas vezes, com duas pessoas absolutamente diferentes, sobre a consciência de se ter consciência.
terminado o dia, abro as mídias 
& o que acontece no país é tão antagônico 
com conversar sobre a consciência de se ter consciência

que eu fiquei confusa, mas não inconsciente. 
ainda não. nestes dias de falência total 
além de sobreviver através de um autismo informacional 
só penso no Drummond: "posso, sem armas, revoltar-me?".

claro que se a gente pensar esse "posso" como "se eu posso ou não" a interpretação não chega aos pés da indignação de "A flor e a náusea". a questão é: a indignação é tanta que convoca armas, mas canivetes facas eu as não possuo, eu não as terei.

mas isto não quer dizer: nem nunca há de significar: derrota.
vâmo lá, people, se tá osso, vamos roer."


Julia Hansen