"hoje conversei duas vezes, com duas
pessoas absolutamente diferentes, sobre a consciência de se ter consciência.
terminado
o dia, abro as mídias
& o que acontece no país é tão antagônico
com conversar sobre a consciência de se ter consciência
que eu fiquei confusa, mas não
inconsciente.
ainda não. nestes dias de falência total
além de sobreviver através de um autismo informacional
só penso no Drummond: "posso, sem armas, revoltar-me?".
claro que se a gente pensar
esse "posso" como "se eu posso ou não" a interpretação não
chega aos pés da indignação de "A flor e a náusea". a questão é: a
indignação é tanta que convoca armas, mas canivetes facas eu as não possuo, eu
não as terei.
mas isto não quer dizer:
nem nunca há de significar: derrota.
vâmo lá, people, se tá osso, vamos roer."
Julia Hansen