09 julho 2016

"Quando a estratégia do prazer era tão minuciosa e forte
que com a astúcia habitual da morte conspirava
mas sempre era possível a surpresa do prazer
independentemente da cíclica multiplicação das represálias
como narrar à noite a última aventura desse dia
ou apenas falar de uns olhos onde havia a água da doçura
e à volta um rosto paciente e sereníssimo
bastante para alguns planos de um filme a preto e branco
bastante pra pensar que apenas para o ver valeu a pena ter nascido"
Ruy Belo in  "A margem da alegria"  via Vinicius Honesko