11 fevereiro 2015

A dialética do terror

Humoristas atingidos e as outras pessoas assassinadas em Paris não passaram de pretextos para os crimes

Alguém disse que os humanos são trágicos, não tristes. Mas as mortes de 17 pessoas, em Paris, entre os dias 7 e 9 deste mês, em circunstâncias trágicas, deixaram tristes os que aspiram a uma sociedade democrática.
Não há conjunção adversativa nem contextos históricos que relativizem a barbárie dos assassinatos cometidos. Uma infâmia, como certeiramente os qualificou Michel Lowy.
Na aparência demencial destes crimes, seria possível distinguir alguma lógica?
Desejar-se-ia punir o duvidoso humor dos que se divertiam com as referências sagradas da religião islâmica? Se fosse este o caso, as ações foram inócuas, pois este tipo de humor não começou ontem, nem acabará amanhã. Além disso, não foram somente os humoristas que perderam a vida: o guarda-costas de um deles, já ferido, também foi liquidado, sem contar alguns assassinados apenas por serem de origem judaica.

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