03 setembro 2014

A Fuga do Sublime

Edmund Burke foi quem primeiro fez uma apropriada distinção entre o sublime e o belo, esclarecendo que o sublime está além do que é esteticamente belo, pois incorpora também o que é monstruoso. O sublime, na verdade, é a fusão do belo ao horrível, submetido a uma perspectiva na qual até mesmo o horror deslumbra à consciência do observador. Parte desse deslumbramento deve-se à percepção do gigantismo e complexidade de uma estrutura capaz de sustentar, em si mesma, não só a presença dos opostos, mas os conflitos daí decorrentes. O sublime é uma contradição em termos e, por isso, representa o ilógico inerente à vida real.

fonte: aqui